terça-feira, 20 de maio de 2008

em breve














Bom... tive ideia de voltar a fazer um zine,entrevistar bandas,fazer resehas etc....
resolvi aderir a modernidade,mas que dá falta do velho e bom xerox e colagens dá!


nao reparem que ainda estou aprendendo a futricar nisto aqui ehhehe

em muito breve voces poderão conferir algumas coisas por ái!

abração amigos!


Segue abaixo uma entrevista com o grande morto pela escola originalmente publicada na edição de papel do Nuclear Yogurte de 2004:


1)Bom para começo de conversa vcs são pias bem novinhos, acho muito bacana o fato de vcs começarem tao cedo na parada do hardcore, gostaria de saber como foi o começo do envolvimento de vcs na coisa toda.

Alex – Não somos tão novinhos assim, mas comecei a me interessar pelo hardcore/punk bem novo mesmo. Raphael e Rodrigo já são velhos irresponsáveis. Uma vez na casa de um primo meu (Carcaça), achei um CD do Ratos de Porão “Feijoada Acidente – Brasil”, que como todo mundo sabe, é composto em sua maioria por covers. Eu gostei muito desse cd e não parava de ouvir, passei a procurar as bandas e conhecer outras novas. Mas quando comecei a andar de skate que realmente eu passei a me envolver com o hardcore, já surgia a vontade de montar bandas... Passei a frequentar shows, corresponder por cartas e estou ai até hoje.

Raphael: Bem falando de mim, foi a algum tempo acho q uns 5 ou 6 anos atrás (quem sabe mais, sei lá perdia as contas) . Comecei a pegar os cds do meu irmão e a ouvir acho q foi meio que influência dele. Mas antes eu ouvia umas coisas bem pop ai fui pulando de fase e descobrindo novos sons e me envolver cada vez mais com o punk/hardcore. Obrigado por me chamar de novinho fiquei lisonjeado.

Katchenga:Eu comecei a me envolver nisso quando comecei a andar de sk8 a uns 3 ou 4 anos atrás e assistia muitos vídeos de skate que tocava Minor Threat, Circle Jerks e tal, ai conheci Alex e ele me mostrou muitas outras bandas!

Renzo: Acho que em 2000 ou antes, eu já ouvia rock: Nirvana, Sonic Youth, Jimi Hendrix e uns sons mais ligados ao punk como Ramones e outros. Daí em 2001 a galera aqui em Stº Antônio descobriu algo a mais pra fazer além de jogar pião, bolinha de gude e furingo: andar de skate. Pra andar agente colocava uns sons pra empolgar, se não me engano era basicamente Bad Religion, Dead Fish, Pennywise. Depois eu conheci Mukeka Di Rato e F.Y.P, acho que eu era o único que curtia aqui, e a partir daí foi fluindo, montamos até uma banda aqui na época, o nome era Funbox, primeira banda, era meio tosca mas me divertia, até que me expulsaram. Me lembro que tinha uma resenha do Dead Fish que falava algo mais ou menos assim “ imagina se Jello Biafra tivesse nascido em Vitória, esse é do Dead fish”, ai eu “ porra, quem é esse cara?”. Quando eu ouvi Dead Kennedys pela primeira vez, na boa, foi um soco, as primeiras músicas que eu ouvi foram Holiday in Cambodia e Nazi Punks Fuck Off, era um bagulho que, mexia comigo de tal maneira, nem sei explicar, meio que foi uma mãozinha pra procurar me informar sobre as coisas naquele período que você começa a questionar os valores que te impõe, a analisar as coisas e discernir o meu certo e o meu errado. Além disso, eu procurava saber quais bandas inspiravam as que eu gostava, assim eu conheci mais uma renca de banda que eu ouço e me inspira até hoje.

Fagner: Começou lá pela sétima serie(2000) quando eu só ouvia três cd’s todo dia: Nevermind do Nirvana, Smash do Offspring e o Dookie do Green Day. Eu gastava com eles na época, era coisa de moleque mesmo. Só passei a ouvir algumas bandas de hardcore após começar o skate.

2)O morto pela escola é uma banda relativamente nova , mas com muito pique,de onde vcs tiraram a idéia para a banda? gostaria de saber tb os outros projetos de vcs e o que este bando de nerd capixxabah faz além de tocar?

Alex – Com certeza foi pela influência musical (skate hardcore/punk) e pela falta de bandas que nos agradam. Eu queria ouvir uma banda que nos empolgasse a andar de skate (não sei se a gente consegue isso, mas é uma intenção). Se você sentir vontade de andar de skate ou quebrar alguma coisa já nos sentimos orgulhosos. Eu estudo com Raphael na UFES, faço curso de Artes Visuais. Também sou vocalista do Ajudanti di Papai Noel, que se encontra parado, mas espero que consigamos gravar o CD pela Läjä records um dia

Raphael:Bem por aqui , estávamos sentindo falta de uma banda de hardcore mais leve, mais skate e com shows legais ,divertidos e não tão monótonos como as vezes acontece. E influenciados por bandas californianas da dec. de 80 resolvemos montar essa banda. Chamamos alguns amigos q tinham algo em comum – o skate e o gosto musical. Inicialmente acho q era mais brincadeira e zuação. Agora estamos levando a banda mais a sério e até ensaiando mais vezes na medida do possível. Eu faço “artes” na federal daqui, tenho uma outra banda chamada Chuck Norris e ando por ai ou durmo nas minhas horas vagas

Fagner: Eu não sei de onde veio a idéia porque eu não fazia parte no começo e, mas aposto que a idéia era a de pegar groupies após uma certa freqüência de shows. Estou na auto-escola e brevemente poderei dirigir e, com isso, aumentar meu leque de possibilidades na comunidade feminina. Atualmente eu trabalho, não sei até quando, e faço faculdade de musica na UFES. Não sei se o que tenho é projeto. Um bróder meu tem um estúdio e toca bateria, então nos juntamos pra tocar uns rocks, que vai desde Foo Fighters até After Forever. Fora isso é casa trabalho trabalho casa.

Renzo: Alex e Japonês, acho que queriam já há muito tempo montar uma banda mais puxado pro hardcore americano dos anos 80, skate e tal, daí me chamaram pra tocar guitarra.. A idéia é aquela de sempre: tocar, se divertir e falar umas merdas, hoje em dia também serve pra Alex colocar suas habilidades artísticas em prática, mas sinceramente acho que a idéia inicial mesmo era dar um pouco mais de ação e felicidade para vida do Katchotcho, o moleque não faz nada, parece uma orquídea: todo sensível e fica parado em casa. Além disso, por enquanto eu toco numa banda chamada Judas Experience, participo de um coletivo hardcore/punk, Crimes Pela Juventude, que o organiza uns shows, falsificamos uns discos, e incomodamos umas pessoas, faço um zine chamado Gatilho/FullMetalJerkoff ( em breve a nova edição! Uhull!) e me fodo na escola.

Katchiska:Eu tenho uma outra banda de crust com outros amigos, a banda ta começando ainda só teve alguns ensaios até agora mas até que a parada ta ficando maneira hehehe! E alem de tocar acho que só ando de skate nem estudando eu to no momento!

3)tive a oportunidade de visitar o es uma vez, e me maravilhei com a água de coco á 50 centavos, o bando de doido que tem por aí, ou como um amigo meu falou: “vila velha é a Canaã do punk ! os rios corem leite e as arvores brotam pão de mel”. Falem das novidades como vão as cosias aí na terrinha boa!

Fagner: Suponho que faz tempo que você veio, porque o preço da água de coco já não é mais o mesmo. Aumenta ainda mais no verão, quando o ES vira MG por dois meses.

Sou de Vitória e raramente vou a Vila Velha. De lá só conheço Ajudanti Di Papai Noel, Chuck Norris e Sembrar, por ter amigos que tocam nelas. O Espírito Santo é um pedaço da Sicília não reclamado pelo governo italiano e pode apostar que os políticos capixabas são fans dos filmes “O poderoso chefão”.

Alex – Eu queria saber onde a água de coco é esse preço, ia tomar todo dia. Em questão de bando de doidos, nós estamos tentando competir com Santo Antônio da Patrulha, mas acho que dificilmente a gente ganha, só pelo Ronei já fica dificil. E Vila Velha não é Canaã do punk porra nenhuma! Só se for Chernobyl do punk, um monte de gente feia, bandas com câncer... Até que alguma coisa tem rolado por aqui, mas nada demais. Têm os moleques do coletivo “Crimes pela Juventude” (no qual o nosso guitarrista Renzo Hendrix é uma espécie de mentor intelectual) que fazem alguns shows por aqui e mais um monte de gente que nem é realmente envolvida com o hardcore que acabam inserindo algumas bandas no meio. Um dos maiores problemas é a falta de lugar, pois aqui em vila velha, basicamente o único lugar de shows freqüentes é o entre amigos 2, no qual a galera já enjoou legal.

Raphael: Aqui não tem muita novidade tudo continua quase na mesma, bastante show ruim, com bandas ruins . Tem um pessoal novo por ai q se esforça em fazer a coisa correr legal mas os shows se tornam raros (estou falando os bons). Vila velha se tornou uma lenda.

Renzo: Fagner ta certo em relação ao preço da água de coco, e agora com a descoberta das grandes jazidas de Petróleo no litoral a tendência é só aumentar o custo de vida, incluindo a água de coco. Só pra ter noção a 1 anos atrás um pão custava 10 centavos aqui Stº Antônio, hoje em dia custa 20 centavos, imagina em bairros nobres, se der mole tão vendendo pão 50 centavos cada. Hoje, aqui no ES, surgiu uma galera produtiva, fazendo shows, montando bandas e outras atividades fora desse lance musical também. Umas bandas novas como Ternura, Sembrär, Escola De Piano e outras. Em Vitória foi eleito um prefeito que prometeu instalar um metro de superfície, agora vê se tem cabimento isso, uma ilha que não tem espaço pra construir mais um nada construir um metrô cortando a cidade que você vai ao outro extremo dela em 45 minutos, e agora com os royalties do petróleo começando a aparecer os políticos deram pra aparecer na televisão com freqüência não sei por que, mas fora isso continua a mesma terra de ninguém e de show bons não freqüentes.

4)bom das varias estórias/lendas/boatos que tem sobre vcs, tem esta do baterista invisível? Como foi gravar a demo com o baterista invisível?

Renzo: Bixo, não foi exatamente baterista invisível, então senta ai que lá vem história: Desde de que agente tem um set list meio que definido pensávamos em gravar um ensaio pra fazer tipo uma pré-demo, e pra mostrar o som pros amigos de fora também, e se a gravação ficasse muito boa lançar a demo, então do nada Alex aparece com o contato de um estúdio novo, que cobra 10 reais a hora de ensaio e de gravação ( não sei como é por ai, mas aqui no ES, 10 reais ensaio, maneiro, preço normal, mas 10 reais a gravação é praticamente impossível, tem lugar que cobra mais de 50 conto pra fazer uma gravação ao vivo que eu faço melhor mentalmente ou com uma caixa de fósforo e um chiclete) então nós animamos e marcamos a tal da gravação. Esperei ansiosamente pelo dia, quando chegamos em frente do local já achei muito estranho, porra, o estúdio era num prédio...ficamos esperando na portaria até dar o horário e atrasar, mas beleza, iríamos finalmente gravar nossas músicas! Quando subimos e entramos no estúdio, eu entrei todo feliz mas quando dei uma olhada, na boa, fiquei com vergonha, queria voltar, queria sumir, olhei pra cara dos moleques e uma placa de “me fodi” aparecia na testa de cada um. Porra, era uma bateria eletrônica, a primeira coisa que me veio a cabeça era que íamos soar como RPM, Capital Inicial, Duran Duran esses lixos. Porra, uma banda punk tocando com bateria eletrônica, extremamente ridículo, igual aqueles forrós de baile da terceira idade. Depois quando o Alex deu a primeira batida na bateria, na boa, minha barriga doeu de tanto rir. Eu perguntei pro cara onde tavam as caixas daí me vira o cara – “ tem esse pedal grande ai no chão, é um simulador de amplificador, quer tocar com marshall, fender, tem tudo ai”. O microfone era escroto também, tinha uma luz azul que era pra direcionar a boca. Estávamos lá, e foda-se, gravamos e até que ficou audível, mas não se preocupem que uma gravação de verdade ainda está por vir e outras surpresas que só o futuro irá revelar.

Alex – Se fosse invisível estaria tudo bem, mas eu tive que me matar pra tocar aquela bateria eletrônica! Foi uma merda mas foi engraçado pra caralho!

Raphael: Alex é magro, mas não chega a ser invisível. Na verdade a bateria q era uma farsa. Era uma bateria eletrônica com som horrível. Gravar foi legal, rimos pra caralho e enchemos o saco do camaradinha da gravação, só não posso falar o mesmo da gravação.

Fagner: Nada contra a bateria eletrônica. Tanto é que uso guitarra, e não violão. Está certo que o som não foi o que esperávamos, mas quebrou um galho. Sem tirar o mérito do trabalho e da magnitude de Alex.

5) quantos anos vcs já rodaram na escola, vcs tem alguma solução para melhorar o ensino no Brasil, vcs tem planos para por o diretor na fogueira da festa junina?, vcs tem planos colocar os cdf’s no corredor polonês?

Alex – Eu nunca reprovei, mas nunca estive satisfeito com as instituições de ensino. Primeiramente ensino em nenhum lugar do mundo deveria ser pago, é obrigação do estado. A escola é uma hierarquia na qual você aprende a obedecer todos os ditos “superiores” e desprezar os “inferiores” (como o tio do picolé, ou o cara da limpeza que se mata para manter sua escola limpa). A escola nos trás muito conhecimento, mas de certa forma ela ainda é fortemente emburrecedora. O único que está estudando em escola ainda é o Renzo, que é capaz de estar no corredor polonês toda semana!

Raphael: Bixo nunca reprovei, eu até gostava da escola. O problema são as provas e toda aquela teoria desgraçada que você nunca vai usar na vida prática. Todo o seu sistema opressor em prol da moral e bons costumes. O assassinato do seu caráter e sua criatividade . Digo isso pq quase sempre estudei em escola católica, era quase um exército e ao mesmo tempo te faziam engolir o catolicismo goela abaixo.A faculdade é só uma continuação mas não tem tanto rigor quanto as regras, mas as pessoas já se tornaram pessoas idiotizadas verdadeiros monte de bostas ambulantes. Cdfs são legais, principalmente para zoar .. E tem que ser assim se você pensar bem eles vão ser seus patrões no futuro então tem q fuder eles mesmo enquanto podemos depois vai ser difícil. Mas existem exceções tem uns cara por ai bem cdfs q são legais de verdade e se tornam pessoas legais, não vamos generalizar.

Katchita:Nunca reprovei, só na faculdade! Uma vez eu tava fazendo um boneco estilo Judas com a cara da líder de turma pra espancar e queimar na quadra da escola mas minha mãe não tinha terminado de costurar a cabeça a tempo..... motivo? A líder desvio verba da formatura!

Fagner: Nunca reprovei de ano, mas costumava ficar de recuperação no quarto bimestre, porque já havia passado de ano no terceiro e não fazia mais nada até o final do ano. Modéstia parte, eu tenho alguns botons de aluno destaque perdidos pela minha casa. Formaram-me de tal maneira que eu sou incapaz de ter uma opinião sobre como modifica-la. A escola deveria ser a solução e não o carma. A luta por pontos e décimos para logo se ver livre, os apelidos no ensino fundamental, tudo isso estraga uma pessoa.

Renzo: Eu, pelas minhas contas, já estou estudando faz 12 anos, e uns quebrados, nunca repeti, e estou cursando o 3º ano do Ensino Médio, além de duas dependências do 2º ano. Eu estudo num colégio federal, então na boa, eu tenho acesso a um ensino de alta qualidade, mas lá dentro posso enxergar o reflexo da falta de investimento no ensino: de 40 alunos apenas 5 vieram de escolas públicas. A maioria, como eu, estudavam em escolas particulares no ensino fundamental. Melhorar o ensino é algo que vai da melhor preparação de professores à mudança da concepção de escola, além da política de investimentos e postura, basicamente tudo. Hoje em dia as escolas não instigam em nada a criatividade ou o pensar, e isso é triste pra caralho é simplesmente ganhar ponto pra passar de ano, pra passar no vestibular, pra fazer faculdade, arrumar um emprego bem remunerado e viver numa chatice sem fim. Sem educação, informação nunca nada vai mudar nessa porra O diretor da minha escola merecia ir pra fogueira com um tubo de vidro com soda caustica na barriga ou ser empalado pelo pau de sebo, é um tremendo filho da puta, fez um acordo com uma faculdade particular, dando permissão pra alunos da faculdade usarem o campo físico da escola, apoio que outras pessoas devem ter acesso às instalações da escola, mas deveria ser todo mundo permitido a fazer isso! Em troca funcionários da escola tem descontos na mensalidade da faculdade. E o que os alunos ou a escola ganham com isso? NADA. Uma corrida de ganso merece uns moleques que negam ajuda ou não se oferecem quando alguém tem dificuldade, esses são os piores. Em respostas ao Alex: sou macaco velho na escola já, quem encostar a mão em mim mede o tamanho do campo de futebol com palito de fósforo.

6) quando o gênio da musica gurcius gwdner este aí ele me falou chocadamente , sobre o sr raphael cair um tombo de bicicleta e quebrar a clavícula. Isto faz parte da grande campanha para destruição musical villavelhense? Seria esta uma estratégia para poder tocar pior o baixo(já que esta com a coluna quebrada)? Vcs recomendariam outros garotos andarem de bicicleta com os olhos fechados?

Raphael: Sim faz parte da destruição musical e da destruição corporal vila velhense, tudo para divertir os turistas e os amigos. Nada como ver seus amigos rindo de você na maior descontração. Com certeza foi para piorar o tocamento angular baixistico, já q agora usar correia é uma merda. O que era ruim se tornou ainda pior. Com certeza recomendaria andar de bicicleta de olhos fechados , balançando a cabeça. É muito doido e é uma experiência única, você se sente livre e ganha cicatrizes. A mulherada se amarra.

Alex – Gurcius Gewdner é o mentor da desgraça universal, onde ele passa deixa o rastro da discórdia. Aqui no ES não podia ser diferente, depois de ter passado noites em claro filmando velhos escarrando e mendigos defecando em frente sua casa, incentiva jovens a cometerem coisas inacreditáveis. Essa prática ciclística pode ser descrita assim:

- Ande de bicicleta, de preferência Mountain Bike, em grande velocidade;

- Feche os olhos e imediatamente comece a balançar a cabeça freneticamente durante alguns segundos!

Se você conseguir ficar em pé e filmar essa peripércia, pode nos mandar que você receberá gratuitamente em sua casa a demo do MPE, incluindo o vídeo da queda de Raphael.

Katchotcho: Isso é maldição dos legais! E sim recomendaria a todos pois a gente já influenciou vários playboys a caírem nessa pegadinha e isso rendeu muitas risadas!

Todos: Ok, Katchotcho...

7) renzo por que vc cheira cola?

Raphael: Isso vem do tempo de escola. Quando ele cheirava uma tenaz para enfrentar as duras horas de uma aula de matemática. Hoje em dia ele nem cheira mais cola, ele bebe. E tudo isso é para melhorar a virtuosidade na guitarra. Ele vai mentir nessa resposta mas essa é a verdade o que eu digo.

Alex – É cheirando cola que ele encontra todas as vitaminas e minerais para crescer forte e saudável! O morto pela escola recebeu um patrô de grandes representantes da Cola nascional, Cascola (lata) e Shoes Cola – O único refrigerante com cola de sapateiro! (agora também no formato caçulinha), aprovado por Renzo Hendrix!

Fagner: Renzo cheira cola?

Renzo: Cara, na verdade eu não cheiro, mas dá até vontade de sentir o gostinho de auto-destruição na boca com mais freqüência, pra de repente me sentir mais interligado com esse mundo de merda cada vez mais caótico, sei lá, vai ver eu to mentindo.

(Infelizmente a resposta de Katchotcho a essa pergunta foi vetada pelo uso em excesso de ofensas e calúnias.)

8) notei uma nítida influencia do bom e velho hc americano no som de vcs, quais as bandas que os inspiram no som do mpe?

Katchotcho:Beastie Boys, Os Serranos e Orquestra Sinfônica de Boston!

Todos: Ok, Katchotcho...

Renzo: Ah...acho que nada de pose demais e beicinhos. Acho que influência pro som da banda são umas bandas como Jody Foster´s Army, Reagan Youth, Angry Samoans, Black Flag, Gang Green , FYP e DFL(nem tão velhos), entre outras e outras..

Fagner: É mais fácil notar os erros de Renzo do que as influências estadunidenses. Não sei quais bandas influenciaram, mas, de lá, eu gosto de Bad Religion, Metallica e Descendents.

Alex – Se formos nos aproximar do estilo do som chegaríamos perto de F.Y.P e D.F.L, que são bandas que apareceram mais nos anos 90. Mas temos influencia de toda safra skate/punk dos anos 80, inclusive uma idéia minha era tocar “Skate Gralha” dos Grinders! JFA, Mc Rad, Agression, The Faction, Adolescents, Boneless Ones, Corrosion of Conformity e grande parte das bandas das famosas “V/A Thrasher Skate Rock”, que com as maravilhas tecnológicas nós podemos desfrutar

Raphael: Tudo me influência principalmente o som da natureza

9) sei que o Alex e mais uma galera daí tem feito alguns fabulosos filmes gore/trash, que orgulhariam ed wood, John waters (fase boa), mojica, e petter baiestorf. Comentem sobre estas obras da sétima arte! E os vídeos de vcs sobre o skate punk cabixaba? Como vão?

Alex – Se trata da Camarão Filmes e Idéias Caóticas, até hoje foram produzidos apenas 3 filmes: “O homem que caga sangue” 2002?, “The Trash Máster – O mestre dos lixos” 2003 e “Baralho é o Caralho! – totalmente sem sentido algum” 2004. São todos curtas metragens sem efeitos, apenas uma câmera na mão e uma idéia em pratica. Estamos produzindo outro filme sobre mendigos que se revoltam com a sociedade e passam a comer carne humana, aguardem. Não sei se eu orgulharia os nomes acima, mas até agora os números de bilheteria me agradaram bastante. Sobre o vídeo de skate, nós temos várias gravações soltas em fitas de amigos. Basta apenas reuni-las, colocar uma trilha sonora e está pronto o vídeo. Temos imagens até quando eu tinha 12 anos andando de skate! Acho que em breve, dependendo da nossa disposição, estaremos filmando algo novo!

Raphael: Temos sérios problemas financeiros q dificultam a execução de nosso trabalho. Apesar disso gravamos algumas coisas. Filmes que um dia quem sabe o mundo descobrirá. Como muitas vezes vemos por ai, a cultura hoje em nosso país é uma vergonha. Sobre os filmes de skate não sei dizer depois de meu acidente e algumas moléstias estou meio afastado do esporte. Mas pra mim a idéia ainda continua de pé, mas agora falta um pouco de tempo para nossos planos diabólicos se concretizarem.

Renzo: Esses vídeos revelaram ao mundo o talento de Guido e Lucas na arte da interpretação.

Fagner: Nunca vi os filmes, mas sei mandar 360 flip na base.

10) bom a entrevista acabou. Qual a matéria que vcs mais odeiam e qual a que mais gostam de estudar de estudar e por que? Ah dem um alo para os leitores.... ah falem o que quiserem

Renzo: Eu odeio umas matérias que fiz como Gestão da Qualidade e Iniciação Tecnológica. Gestão da qualidade tentava me ensinar como ser um rapaz eficiente no trabalho, porra tomar no cú, além de não me ensinarem nada que salvasse. Estudar física e historia é diversão garantida, entender como as coisas funcionam e tal.

Gostaria de agradecer a rapaziada que vai aos shows e curte o som, aos amigos próximos e distantes que nos apóiam, ao MPE 001 aonde quer que ele esteja e a você Villaverde pela entrevista, e tomara que cada dia mais zines apareçam e você continue com essa sua nova empreitada.

E quem quiser trocar uma idéia, sabe como é, fazer amizades sempre é bom: R. Pedro José Vieira Nº143, Stº Antônio, Vitória/ES, 29026-160. renzofreitas@hotmail.com. Abraço.

Fagner: Odeio matemática, pois seus teoremas de nada me ajudam nos problemas diários. E são problemas com pessoas, não números. Geografia é uma ótima matéria porque explica várias coisas, como o motivo do seu pai estar sem emprego.

Bom, obrigado pelo espaço.Se alguém quiser trocar idéia ou alguma coisa meu e-mail é fagcortes@hotmail.com

Katatchovisky: Estudar? Se for assim odeio todas, odeio estudar, mas tenho um certo gosto por física e os livros de Stephen Hawking. Achei maneira a entrevista Mr. Villaverde, é uma honra responder suas sábias perguntas. Quem quiser fala comigo, bate um papo cabeça ou joga conversa fora contate-me via telecinese ou então por email mesmo killedbyschool@hotmail.com falou ai rapaziada!

Raphael: Eu gosto de ler de vez em quando principalmente história. Tirando coisas com números e tabelas periódicas até acho interessante as outras matérias escolares.

Bem ...acho eu que em breve estaremos gravando algo audível, e fazendo uma demo legal para divulgar um pouco a banda. Então fiquem aguardando. Obrigado pela a entrevista é uma honra ser entrevistado pelo grande Daniel Villaverde multi-talentos grande contador de histórias. Quem quiser um entrar em contato conosco ficaria feliz em conversar . Meu msn é chucknorris_666@hotmail.com podem mandar e-mails para este endereço também. Cartinha para o endereço: Rua Jair de Andrade 268/203, Itapoá, Vila Velha – ES , Cep:29101-700, Brasil.

Alex – Villaverde, achei muito foda a sua idéia de lançar um zine. Realmente sinto falta de algo incentivador no meio hardcore. Com certeza vou querer distribuí-lo por aqui! Muito Obrigado pelo espaço junto a bandas que nós gostamos bastante e pela oportunidade de divulgação. Espero que a nossa demo não demore muito para sair, pois estou muito afim de passar esse material, o Morto pela Escola tem me empolgado muito para tocar. Se eu tivesse uma bateria em casa com certeza eu ia me tornar um baterista do Septic Death (hahaha quem dera). Se alguém quiser entrar em contato, para qualquer coisa: rajadarecords@hotmail.com , abração!